ESR

Este espaço destina-se à exploração dos temas abordados na unidade curricular Educação e Sociedade em Rede


Atividade 4 - A VIRTUALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS
Colocado em: 12-01-2014

Introdução
Todos os dias deparamo-nos com a utilização da internet, seja no campo pessoal como profissional, talvez por sermos oriundos de um mundo onde a internet acaba por ser mais um elemento da família é difícil dissociar o que é pré ou pós Web 2.0. Acredito que os indivíduos oriundos da década de 70-80 acabam já por assumir uma individualidade híbrida visto que ao longo do período de maturidade foram convivendo com a internet de uma forma relativamente pacífica. Todavia e em parte face ao mestrado que atualmente frequento, surgem tantas questões, tantos pontos de discórdia, questões sobre as quais não refletiria como esta que estamos a debater, a virtualização das relações sociais.

Dei por mim a pensar, serei eu outra pessoa no mundo virtual? Afinal quem sou eu?

Atualmente por me encontrar longe do meu país e dos meus familiares vejo-me diariamente a recorrer ao facebook para de alguma forma me sentir em casa…tentando perceber o que se passa com os que mais amo através da interpretação deste ou de outro post, de uma foto, de um smile, de um pensamento...

Cada vez penso mais na imagem que passo através da minha intervenção do facebook, será que quem não conviveu comigo pessoalmente conseguirá decifrar através das minhas publicações quem eu sou? Será que de alguma forma passo a imagem real daquilo que penso que será a minha índole, o meu “eu”?

Honestamente à medida que o tempo passa cada vez me sinto mais confusa, mais intrigada. Este mestrado em vez de me apresentar respostas, de apaziguar o meu lado instigador, acaba por ser uma sobreposição de questões às quais as respostas voltam a por tudo em causa.

Esta questão da virtualização social afeta-me diariamente, pois encontro-me num país onde a sociabilização não é algo natural, em que são organizados eventos para que as pessoas se relacionem entre si, apesar de não ter dados específicos sobre essa brutal lacuna inter-relacional, acredito que o mundo virtual acaba por ser a forma de muitas pessoas poderem, ou não, mostrar o seu “eu”.

Numa sociedade onde o padronizado é o ideal o mais bem recebido e o mais indicado para que o individuo sinta pretensa na sociedade, a diversidade e a individualidade perdem-se ou sufocam-se pelas imposições sociais, mas será que é possível sufocar a nossa natureza eternamente? Não acredito que isso seja possível, o poder de adaptabilidade e característico do ser humano e acredito que o mundo virtual seja a melhor opção para que cada um de nós possa de alguma forma viver e ser o que o meio familiar, social e profissional não permite. 

Todos os dias vejo os sinais de condenação da forma natural como me expresso, tento viver o meu “eu” na minha plenitude do modo real daí nunca ter pensado no que leva a alguém a viver, o que se pode dizer, uma vida dupla virtual.

Lá está, este mestrado está a fazer com que as dúvidas, reflexões e até mesmo apreensões pertençam ao meu dia-a-dia J!

Assim sendo defini que face ao desafio proposto pela disciplina de Educação e Sociedade em Rede vou tentar abordar a versão do “eu” virtual, da fraude intelectual e da transparência e validação da informação na rede, claro está que de um modo muito ténue, mas como os nossos distintos professores referem, nada é estanque e todo o conhecimento advém de um processo contínuo de crescimento J

P.S: Em que país estarei eu J?

O eu virtual
Antes de abordar o “eu” virtual, penso que é importante tentar decifrar o que é o individuo contemporâneo e em que ponto a revolução tecnológica acabou por determinar a necessidade premente de ter consciência da identidade individual. Segundo (Mcluhan, 1964) o advento da tecnologia acabou por exigir novas relações de equilíbrio do homem com seus espaços de significação, seus semelhantes e inclusivé com suas extensões.
Penso que é relevante frisar que, desde René Descartes que afirmou “Penso logo existo”, o “eu” ficou visivelmente exacerbado, a individualidade passou a ser verbalizada e a assumir vida própria.

A formação da identidade acaba por ser condicionada por fatores externos, que de uma forma ou outra acabam por condicionar o “eu” como refere (Hall, 2005) que afirma que “a identidade é formada “na relação com outras pessoas importantes para ele, que mediavam para o sujeito os valores, sentidos e símbolos – a cultura – dos mundos que ele/ela habitava” (Hall, 2005, pp.11). 

Esta visão sobre a identidade é também partilhada por (Lévy, 1998) que considera que a identidade se dá pela interação entre o indivíduo e seus espaços de significação, os espaços antropológicos-espaços afetivos, estéticos, sociais, etc.

Já (Hall, 2005) refere os “perigos” da desterritorialização no que diz respeito à criação do “eu”. Refere que “ (…) quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens dos media e pelos sistemas de comunicação globalmente interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas – desalojadas - de tempos, lugares, histórias e tradições específicas e parecem flutuar livremente” (Hall, 2005, pp.75).

A internet veio fazer com que essa desterritorialização se dê sem que tenhamos de sair do sofá, está à distância de um click. A virtualização acaba por ser uma forma de desterritorialização.

De forma a associar o conceito de desterritorialização com a virtualização, (Lévy, 1996) afirma que “quando uma pessoa, uma coletividade, um ato, uma informação se virtualizam, eles se tornam não presentes, se desterritorializam” (Lévy, 1996, pp.21).

Em busca de bibliografia que apoia-se a elaboração deste trabalho deparei-me com a seguinte afirmação de (Mcluhan, 1964) “com o advento da tecnologia elétrica, o homem prolongou ou projetou para fora de si mesmo, um modelo vivo do próprio sistema nervoso central” (Mcluhan, 1964, pp.61), que, a meu ver se adequa perfeitamente para a nossa era, o ciberespaço e para como a virtualização, nomeadamente no que diz respeito à virtualização das relações sociais, uma vez que o “nosso mundo social virtual” acaba por ser uma extensão de nós mesmos.

Cada vez mais à uma confusão do real e do virtual, onde o virtual acaba por potencializar o real. (Lévy, 1996) faz a analogia entre uma semente e uma árvore, em que a semente não é mais que a virtualização da árvore, pois é na semente que está todo o potencial para o seu desenvolvimento.

A consolidação da virtualização tem vindo a ser feita paralelamente ao avanço Web.2.0, que veio impulsionar o desenvolvimento e crescimento das redes sociais uma vez que tornou a conectividade mais rápida e acessível.

Não poderei concluir o que o virtual, poderá ou não, refletir o “eu” real pois dependendo do grau e objetivo da virtualização, o “eu” virtual poderá ser um complemento ou uma projeção do que o real não abarca.
A virtualização, a meu ver, abre um novo mundo, onde podemos ser o que somos, como, se assim o entendermos ser o que quisermos J.

Tal como (Turkle,1997) refere, “Podemos ser tudo aquilo que quisermos. Podemos redefinir completamente a nossa pessoa, se assim o desejarmos. (Turkle,1997, pp.265)  …  Não temos que nos preocupar tanto com as categorias em que as outras pessoas nos arrumam” (Turkle,1997, pp.273) 

Transparência e validação da informação na rede
“Every man should have a built-in automatic crap detector operating inside him” (Ernest Hemingway, 1965)
A transparência e a validação da informação disponibilizada na rede é um dos desafios diários de quem vive, com/na/da internet. Como garantir a credibilidade da informação que pesquisamos?

Trata-se de um dos pontos presentes no livro Net Smart (Rheingold, 2012), focada em particular no segundo capítulo 2 intitulado Crap Detection. O tema é extremamente controverso e polémico, uma vez que não há fórmulas mágicas e para o autor a melhor forma para chegar à transparência e à validação da informação, começa pelo simples ato da desconfiança, não devemos aceitar sem questionar, temos de ter sentido crítico e acima de tudo um espirito investigativo, temos de pensar como um detetive.
É ainda sugerido que para confirmar que determinada temática tem validade, devemos efetuar um processo de triangulação (Rheingold, 2012, pp. 79), fazendo uma pesquisa recorrendo a três fontes merecedoras de credibilidade diferentes.

Já (Rieh, 2002) foca a importância das seguintes formas distintas de avaliação da informação: julgamentos de previsão e julgamentos de avaliação.

Os julgamentos de previsão são referentes ao que se espera encontrar, já os julgamentos de avaliação já dizem respeito às apreciações formuladas e aplicadas aos recursos informativos que foram encontrados. Apesar de (Rieh,2002) focar em particular os dois tipos de julgamento, refere que existe um outro que complementa os referidos anteriormente, o julgamento da verificação, que serve para criar uma confrontação entre informação contraditória ou inadequada que adveio da pesquisa realizada, de forma a reforçar a credibilidade e transparência da informação que iremos utilizar.

A busca por fontes credíveis, a começar pelo autor, pelas instituições, assim como a configuração das páginas web visitadas e/ou blogs (que de alguma forma podem possuir pistas que nos levem à determinação da fidedignidade da informação contida na mesma, como a existência de erros gramaticais, links sugeridos, possibilidade de interagir com o autor da página ou blog…) tem de ser uma constante. Infelizmente não há nenhum método que seja 100% confiável, ainda mais neste mundo que é mutável de segundo para segundo.
Mas como refere Rheingold, a Crap Detection trata-se de uma literacia, que conjugada com a literacia da atenção, depois de reconhecida e trabalhada levará à criação de um ser virtual consciente, que poderá tirar o melhor do que a internet pode oferecer e simultaneamente reduzir os riscos da alienação e o “afogamento” no imenso oceano informativo que a internet proporciona.

Outro ponto a focar é o plágio. Lamentavelmente o plágio ou fraude intelectual é um dos temas, hoje e sempre, atuais.
Desde sempre esta temática moveu mundos e fundos e atualmente face ao mundo virtual, o tema não só é extremamente controverso como extremamente pertinente.

Face à rapidez e facilidade do acesso à informação, em que se vislumbra uma educação sem barreiras culturais, temporais e geográficas, uma educação aberta, com recursos educacionais abertos (REA) e repleta de práticas educativas abertas (PEA), onde a criação de repositórios com vista à partilha, à proliferação e à construção de conhecimento, o plágio acaba por ter um papel de destaque.

Com este novo ambiente onde convivemos, socialmente e profissionalmente, onde as identidades são tão diversificadas e ricas tanto quanto o indivíduo atrás de ecrã quiser, torna-se quase que uma missão impossível conseguir garantir os direitos autorais dos verdadeiros mentores de um dado projeto, artigo ou investigação.

Face a esta difusão epidémica de informação científica, muitas e muitas vezes, apropriada de uma forma fraudulenta, têm-se vindo a desenvolver softwares que de alguma forma possam minimizar os efeitos nefastos do plágio, como por exemplo os seguintes: AntiPlagiarist - ACNP Software; CheckForPlagiarism.net; CopySpider; Ephorus; eTBLAST; Farejador de plágios 10.1; Plagiarism advice; Plagiarism Detect; Plagiarisma – online; Plagium – Online; Plagius - Detector de Plágio Personal 2.0; Safe assign; Turnitin; Viper.

Todavia acredito que se trata de uma batalha perdida, pois a grandiosidade do ciberespaço não permite que haja uma forma de controlar esta problemática e acredito que cada um de nós, terá, dentro da sua insignificância enquanto ser virtual, a tentar credibilizar todos os trabalhos que efetua e publica, identificando as fontes que utiliza no desenvolvimento do mesmo e simultaneamente validar a credibilizar as referencias bibliográficas que usa.

Deixo aqui as palavras: “Entre os plagiadores é que poeta Marcial inclui os que furtam o talento alheio, na célebre polêmica com seu rival Fidentino: “Segundo consta, Fidentino, tu lês os meus trabalhos ao povo como se fossem teus. Se queres que os digam teus, compra-os, para que deixem de ser meus.” Num quinto Epigrama a Fidentino, proclama: “Quem busca a fama por meio de poesias alheias, que lê como suas, deve comprar não o livro, mas o silêncio do autor” (Rocha, 2001, pp.15)

Bibliografia:
 (Hall, 2005)  Hall, S. (2005). A Identidade Cultural na Pós-modernidade. 10. ed. Rio de Janeiro: DP&A. 
(Lévy, 1998)  Lévy, P.(1998). A Inteligência Coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Edições Loyola. 
(Mcluhan, 1964)  Mcluhan, M.(1964). Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. 3. ed. São Paulo: Cultrix. 
(Rheingold, 2012)  Rheingold, H. (2012). Net Smart. The MIT Press, Londres, Reino Unido.
(Rieh, 2002)  Rieh, S.(2002). Judgment of information quality and cognitive authority in the Web. Journal of the American Society for Information Science and Technology. Vol. 53, n.º 2, pp. 145–161.
(Rocha, 2001)  Rocha, D.(2001). Direito de Autor. São Paulo: Irmãos Vitale.
(Turkle, 1997) Turkle, S. (1997). A vida no ecrã. Lisboa : Relógio d’Água.  


Noção de Cibercultura, segundo Pierre Lévy
Colocado em: 08-12-2013

Este comentário tem por base o livro Cibercultura de Pierre Lévy.

Apesar de ser um livro publicado em 1999, é extremamente atual, uma vez que enumera muitos dos desafios que o novo paradigma da aprendizagem acarreta, pois as instituições de ensino, os intervenientes em todo ao processo ensino-aprendizagem, as organizações (de entre elas as empresas) têm que refletir e reagir aos caminhos que vêm a ser trilhados pela a necessidade iminente da aprendizagem ao longo da vida na era da tecnologia digital, no contexto da sociedade contemporânea.
Um dos pontos de relevo é a reflexão de Lévy relativamente ao impacto das tecnologias sobre a construção da inteligência coletiva que o define como “veneno e remédio da cibercultura”(pp.29), Lévy refere que a sociedade se encontra condicionada pela tecnologia mas que não é a tecnologia que a determina.

Lévy foca também o papel do ciberespaço e a infraestrutura técnica do virtual, em que a palavra virtual assume três distintas aceções: a corrente, a técnica e a filosófica, e que a “realidade virtual” advém da fusão das três aceções e consequentemente a virtualização do saber.
Lévy considera que:
O ciberespaço é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo específica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo “cibercultura”, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais) de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço.” (pp.17)
Outro ponto que merece reflexão é a relação da interatividade e o ciberespaço, uma vez que ao identificar a interatividade dos media, foca a grande potencialidade interativa do ciberespaço, referindo que:
”A comunicação por mundos virtuais é, portanto, em certo sentido, mais interativa que a comunicação telefônica, uma vez que implica, na mensagem, tanto a imagem da pessoa como a da situação, que são quase sempre aquilo que está em jogo na comunicação” (pp. 81).
Na segunda parte do livro, Lévy foca-se nas, que serão para ele, as dimensões da cibercultura: a essência, o movimento social, o som e a arte. Onde se debruça sobre a nova relação com o saber, que advém da cibercultura e consequentemente as suas reminiscências na educação, na formação e na construção da inteligência coletiva (sendo este um dos princípios da cibercultura).

Ao considerar o ciberespaço é um mediador essencial da inteligência coletiva, acaba por impulsionar um repensar do modo de ação da educação e do seu papel na sociedade contemporânea assim como promove uma reflexão sobre os sistemas de educação face ao papel da cibercultura na nova relação com o saber.

A reconfiguração do mundo do trabalho, é essencial e emergente, visto que trabalhar significa aprender, construir saberes e trocar de experiências. Referindo Lévy “Uma vez que os indivíduos aprendem cada vez mais fora do sistema acadêmico, cabe aos sistemas de educação implantar procedimentos de reconhecimento dos saberes e savoir-faire adquiridos na vida social e profissional”. (pp. 175)

Segundo Lévy, na era digital há uma transformação das funções humanas, visto que as tecnologias intelectuais (por não serem simples instrumentos, mas por influírem no processo cognitivo do indivíduo),são dinâmicas, objetivas e podem ser compartilhadas por várias pessoas.
"Trabalhar, viver, conversar fraternalmente com outros seres, cruzar um pouco por sua história, isto significa, entre outras coisas, construir uma bagagem de referências e associações comuns, uma rede hipertextual unificada, um contexto compartilhado, capaz de diminuir os riscos de incompreensão" (Lévy, 1993, pp. 72-73)
Os processos de aprendizagem têm de ser necessariamente reformulados face à incessante necessidade de renovação de saberes e que com a chegada do ciberespaço catapultou o papel do computador muito para além de um mundo restrito e de acesso condicionado assumindo agora um dos elos de uma cadeia infindável de construção e partilha de saberes: “o computador não é mais um centro, e sim um nó, um terminal, um componente da rede universal e calculante”.(pp.44)

Em suma, Lévy considera que os três princípios orientadores, do ciberespaço e consequentemente da cibercultura são a interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva.
A interconexão é o primeiro dos princípios a ser considerado pois acaba por ser estrutural uma vez que a conexão por si só é um bem.”…a interconexão constitui a humanidade em um continuo sem fronteiras, cava um meio informacional oceânico, mergulha os seres e as coisas no mesmo banho de comunicação interativa”(pp.127)

Já as comunidades virtuais surgem como que num prolongamento da interconexão, Segundo o autor "Uma comunidade virtual é construída sobre as afinidades de interesses, de conhecimentos, sobre projectos mútuos, em um processo de cooperação ou de troca, tudo isto independentemente das proximidades geográficas e das filiações institucionais."(pp. 127)

Por sua vez a inteligência coletiva não é mais do que o desenvolvimento de sinergias com vista ao desenvolvimento de competências, recursos, de criação de memórias comuns e utilizando a cooperação e a partilha como os pilares para a construção do saber, esta é incentivada e a sua finalidade concretizada, colocando os percursos ao dispor da comunidade virtual. "é a aspiração mais profunda do movimento da cibercultura."(pp. 208)

Relativamente à criação de comunidades virtuais pressupõe-se que haja subjacente a um grupo de indivíduos, um ideal de coletivo inteligente, que promova a aprendizagem, de uma forma mais rápida e mais eficaz. Levy afirma que “ O ciberespaço talvez não seja mais do que o indispensável desvio técnico para atingir a inteligência coletiva” (pp. 130).As comunidades virtuais recorrem ao ciberespaço para comunicar e para complementar informações no sentido de construir a cibercultura.
Afirmando que:
A cibercultura é a expressão da aspiração da construção de um laço social, que não seria fundado nem sobre links territoriais, nem sobre relações institucionais, nem sobre as relações de poder, mas sobre a reunião em torno de centros de interesses comuns, sobre o jogo, sobre o compartilhamento do saber, sobre a aprendizagem cooperativa, sobre processos abertos de colaboração” (pp. 130)
De muitos exemplos que poderiam ser considerados optei por selecionar três exemplos (wikiHow; Mendeley; LinkedIn), pois considero que demonstram, visivelmente, os três princípios reguladores da cibercultura interconexão, comunidades virtuais e inteligência coletiva.




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O Mendeley (http://www.mendeley.com) foi criado por uma empresa inglesa constituída por mais de 30 investigadores, académicos e engenheiros informáticos provenientes de várias universidades do país sendo o software académico gratuito compatível com Linux, Mac e Windows, tendo como objetivo gerir, partilhar, anotar e citar artigos científicos onde se torna possível a organização das referências bibliográficas e das citações de acordo com as normas nacionais e internacionais. Além das funções de referência e citações o Mendeley funciona também como uma rede social, pois possibilita que o investigador/professor/estudante crie seu perfil e grupos nas áreas de interesse, compartilhe documentos e troque informações, criando sinergias entre os pares.

Como usar o Mendeley:








O LinkedIn (www.linkedin.com) trata-se de uma rede de carisma profissional. No entanto, pela interatividade que desenvolve entre os seus utilizadores pode também ser considerada uma rede social, onde existe uma listagem abrangente e ao mesmo tempo detalhada detalhada de vários contatos, podendo eles ser de pessoas ou de empresas O site foi fundado em 2002, porém, seu lançamento ocorreu no ano seguinte, em 2003, na Califórnia.

Assim, quem prima por bons contatos empresariais ou mesmo pretende entrar na área empresarial, não pode ficar de fora desta rede social.

Para quem procura novos desafios profissionais, o LinkedIn pode ser uma excelente alternativa, pois é uma ótima ferramenta para expor a imagem de cada elemento pertencente à rede e às quais as empresas estão atentas de forma a tentar encontrar perfis que se coadunam com o seu perfil empresarial.

Assim sendo o LinkedIn, permite criar uma rede de contatos, essencialmente ligados por competências comuns, permitindo que a rede se alargue de acordo com as similaridades e interesses comuns com outros elementos da rede, criando assim redes amplas interligadas onde se promove as valias profissionais e simultaneamente sociais de cada um dos usuários. O LinkedIn permite que haja um reconhecimento das competências de cada um dos usuários em diversas áreas com base na validação dessas cpmpentecias pelos seus pares que pertencem à sua rede.

Conheça o LinkedIn:


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